E na terra da tainha, o bacalhau não se criou...

Tarde fria e chuvosa, na minha, não natal, porém amada, Florianópolis.

Algo de especial no ar, meu Vascão estava na cidade, e eu como sempre um otimista irritante, peguei carona no carro do "fumacê" e parti para o bairro do Carianos.

Chegando lá, fiz o de sempre, socializei com os vascaínos catarinenses, depois fui tomar minha gelada característica na Toca do Leão. Bar tradicional de torcedores do Avaí. Ali conversei com vários avaianos e vascaínos, e todos eram unanimes na opnião: "Hoje o Leão goleia"...

Eu, SEMPRE acho que meu time vai ganhar, e ainda o jogo seja contra o Barcelona, posso temer a derrota, mas NUNCA admtirei.

E eu falava "galera, Vasco é Vasco. Nós somos progenitores do Avaí e não o contrário. Podemos perder, apesar de eu achar difícil, mas vocês passarão sufoco...".

Como não levaram fé, quase levaram ferro.

Relógio marca 18:10, rumo ao portão de visitantes, desacostumado. Pois como bem sabem, também sou sócio do Avaí e desde janeiro de 2007, frequento os prados da Ressacada. Chegando lá, vejo ela, maravilhosa e imponente. A torcida do Vasco...Gigante, e apaixonadíssima como sempre. Sou um felizardo de morar num estado onde a nossa torcida é imensa. E se não é a maior, só perde para algum time local.

Começa o jogo, e a chuva, o time do Avaí em cima do salto dá espaços incríveis para o Vasco jogar, e começa o nosso massacre. Até que na metade do primeiro tempo o Vasco volta ao normal, Nilton dá uma pixotada das suas, a bola sobra no pé do Roberto (bom atacante do Avaí) o cara chuta fraco feito um estalinho e o Fernando Prass aceita. 1 x 0.

Para quem esperava o Avaí incendiando o jogo, quebrou a cara, o Vasco continua tomando grande parte das ações, porém com o Avaí mais esperto, marcando Phellipe Coutinho e Ramon de perto, deixando assim nosso time sem poder de finalização. Pois o Élton, me faz, às vezes, sentir saudades do Elbinho.

Não entendi a idéia do Roth de colocar o Jumar na direita, o cara foi uma avenida ambulante. E o Granja por pior que seja, é lateral de origem.

E esse menino, Souza, hein? Como sempre um monstro no meio campo, destoando do resto do time, até nos piores momentos...Porém, não podemos depender dos lampejos de craque do Coutinho, do Souza, do raçudíssimo Ramon. Precisamos de "algo mais". E não consigo detectar o que seja.

O Vasco às vezes me amedronta, pois parece aquele time de 2008, que jogava bem, atacava incessantemente e tomava gols bobos. Como ontem!!!!

O técnico colocou o Dodô e Rafael Coelho na equipe, e o time melhorou...Logicamente, afinal, um é sem sangue, e outro afobado demais, mas ambos sabem jogar, sabem quantos lados tem a bola. Diferente do péssimo Élton. Acho que quando o Coelho começar uma sessão violenta de terapia e o Dodô ter uns workshops com o Edmundo, o ataque deslancha...Porém como isso não vai acontecer, creio que os gritos do Celso Roth, vão deixar os dois mais espertos.

O que não me conformo, é ver a torcida, xingando ambos (como ontem) e exaltando Elton!!!

Apesar do medo, mantenho a esperança sempre de mares mais tranquilos. Mas "o sentimento não pode parar" só funciona uma vez. E seria bom a diretoria atentar para este fato e começar separar as crianças dos adultos.

Saí ontem do estádio com o sentimento mais estranho do mundo, pois como disse acima, o Vasco jogou bem, isso por si deveria servir de alento. Mas foi idêntico ao que vi em 2008, e 2008 teima em não morrer.

Por hoje, fico por aqui, nem sei mais o que escrever. O Vasco tem me feito, ficar mais perdido que flamenguista em biblioteca.

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Abaixo, um momento de "affair" entre Márcio Braga (consultor da Presidência do Vasco da Gama, na "jestão" atual) no centro e Roberto Dinamite (o contratante da consultoria) abaixo dele.